e batem,
desgovernadas,
nas paredes da boca.
Que céu,
que nada.
Elas infernizam
o pensamento,
interrompem
meditações.
Não se
conformam,
enquanto não
são ditas,
escritas,
pichadas,
gritadas,
mesmo que
pouco tempo
depois,
sejam deixadas
num canto,
esquecidas.
Mas,
não importa.
Humilhante
para uma palavra
é morrer, sem ter nascido,
sem mostrar a cara,
asfixiada,
engolida,
como se fosse saliva.
Palavra
tem de sair
do corpo
que a abriga.
Nem precisa
conhecer a fama,
basta um sopro,
um segundo
de vida.
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