Tempo, inimigo mais antigo,
espelho mais exato,
resposta precisa.
- Ah, então era isso!
Como eu não via?
Como eu não percebia?
- Porque não era tempo
de ver.
Viver me tomava todo o tempo
e perceber não era necessário.
Tempo é lente de aumento,
baú de memórias,
balaio de esquecimentos.
Tempo é lento
quando a gente tem pressa.
Veloz, quando
tudo o que a gente queria é que
o tempo parasse.
Tempo em esfera,
tempo em linha reta,
tempo de espera.
O tempo não perdoa,
põe linhas profundas
no rosto.
Mas, pode ser que o perdão
só precise de um tempo
para brotar, aos poucos,
no asfalto rígido da dor,
que se esfacela lentamente,
por obra e graça
do tempo.
Este é um blog teste. Com a pretensão de abrigar textos, poemas, crônicas...
segunda-feira, 18 de junho de 2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
segunda-feira, 4 de junho de 2012
O telefone
Ela não me liga,
mas eu ouço vozes
pergunto: quem é?
Alguém diz: cruzes!
Pergunto: onde?
Ninguém responde.
Volta na chave
Dou uma volta na chave,
um passeio na rua,
duas voltas na praça,
sem a chuva prevista,
tomo um banho de lua
Tomo um chá de cadeira no bar,
a noite nem parece ter pressa
faz que vai me esperar
e me tirar pra dançar
Mas, não dá tempo
de todo o ritual se cumprir
é chegada a hora de dormir
se é que você dorme,
se é que você me entende
Então, vamos embora,
vou dar a volta contrária na chave
e resumir o discurso que ensaiei
e vamos lá, com um certo cuidado,
que o sol tem sono leve
Vamos amar adoidado
Mas pra nós sermos livres,
só se for de almas abertas,
corpos colados
e a porta trancada.
um passeio na rua,
duas voltas na praça,
sem a chuva prevista,
tomo um banho de lua
Tomo um chá de cadeira no bar,
a noite nem parece ter pressa
faz que vai me esperar
e me tirar pra dançar
Mas, não dá tempo
de todo o ritual se cumprir
é chegada a hora de dormir
se é que você dorme,
se é que você me entende
Então, vamos embora,
vou dar a volta contrária na chave
e resumir o discurso que ensaiei
e vamos lá, com um certo cuidado,
que o sol tem sono leve
Vamos amar adoidado
Mas pra nós sermos livres,
só se for de almas abertas,
corpos colados
e a porta trancada.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Choro no espelho
Chorou,
olhou no espelho,
acompanhou o pequeno e efêmero
córrego que a lágrima lhe formou no rosto
Até sentiu o gosto salgado
- é o sal da vida, pensou!
Deu de ombros para o espelho
deu um leve sorriso
e pranto final
Da próxima vez que chorar,
já vai ser por um outro motivo,
uma nova história.
olhou no espelho,
acompanhou o pequeno e efêmero
córrego que a lágrima lhe formou no rosto
Até sentiu o gosto salgado
- é o sal da vida, pensou!
Deu de ombros para o espelho
deu um leve sorriso
e pranto final
Da próxima vez que chorar,
já vai ser por um outro motivo,
uma nova história.
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Quem sou eu
- Carlos Augusto de Albuquerque
- Na rádio, sou o narrador de futebol, Carlos Augusto. Na TV, sou o repórter e apresentador Carlos Albuquerque. Aqui, neste blog, pretendo resolver essa "crise de identidade" e juntar os dois "Carlos"! Mas, no fundo, sou aprendiz, eternamente aprendiz! Sou filho da terra, de todas as terras que formam o planeta, de todas as substâncias que formam o universo. Sou irmão de todos os seres. Sou o pai da Luíza.