O que eu leio:
as histórias que ela escreve
em cada linha
das retas e curvas que percorre,
nas inequações que resolve
Meu desejo:
as dores que ela absorve
virem flores que a iluminem
O que eu vejo:
a força a descrever
a menina que dança
a mulher que se lança
com uma sede de descobrir,
que já vem de criança,
quem sabe até de nascença
O que me tranquiliza:
ela trabalha,
ama,
anda na praia,
viaja,
sonha e realiza.
Se ela chora?
Um dia desses,
viu uma alegria
sair pela porta de casa
para não mais voltar
E eu a vi chorar
Quando não é
tristeza,
os olhos dela exalam estrelas
e ela sai a desvendar novos mundos
a mergulhar em muitos mares
Ela se entrega aos ventos,
mas não pense
que vai sem norte
ela é a minha filha
e essa é a minha sorte

Nenhum comentário:
Postar um comentário