Chegou a época
de semear belezuras
de respeitar a missão
inglória dos espinhos
e pelo menos não ser
o que vai arrancar a rosa
Festejar os frutos
e as sombras das árvores,
render homenagens
às raízes
Este é um blog teste. Com a pretensão de abrigar textos, poemas, crônicas...
Chegou a época
de semear belezuras
de respeitar a missão
inglória dos espinhos
e pelo menos não ser
o que vai arrancar a rosa
Festejar os frutos
e as sombras das árvores,
render homenagens
às raízes
Se ela erra?
Como humana que é,
provavelmente, sim;
mas que os erros dela
não causem mal a ninguém,
assim como
nunca fizeram a mim
O que eu leio:
as histórias que ela escreve
em cada linha
das retas e curvas que percorre,
nas inequações que resolve
Meu desejo:
as dores que ela absorve
virem flores que a iluminem
O que eu vejo:
a força a descrever
a menina que dança
a mulher que se lança
com uma sede de descobrir,
que já vem de criança,
quem sabe até de nascença
O que me tranquiliza:
ela trabalha,
ama,
anda na praia,
viaja,
sonha e realiza.
Se ela chora?
Um dia desses,
viu uma alegria
sair pela porta de casa
para não mais voltar
E eu a vi chorar
Quando não é
tristeza,
os olhos dela exalam estrelas
e ela sai a desvendar novos mundos
a mergulhar em muitos mares
Ela se entrega aos ventos,
mas não pense
que vai sem norte
ela é a minha filha
e essa é a minha sorte
Não deu tempo de fazer um poema
para a sabedoria
Logo veio a
a anestesia,
seguida da alergia,
da letargia,
e o silêncio