Não se afastar
da margem,
antes de compreender
a profundidade da imagem:
A correnteza do rio
se alimenta da beleza
de quem nele se vê
Não se iludir
com a calma da superfície
do espelho d'agua
que parece inocente
O rio que corta
sem sangrar a planície
é lâmina permanente.
Há quem se olhou
de cima
e no fundo se viu
E há quem no fundo
viu que somente
a chuva devolve água ao rio
E o espelho fluido
é outro mistério intermitente:
Quem sabe
se o que se vê agora,
já não foi embora,
levado pela água corrente?
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