terça-feira, 29 de novembro de 2011

Bichinho de pelúcia

Ele nunca entendera
esses casais
que ao término da relação,
destrocam os presentes.

Mas, um dia,
ao visitar a casa
do ex-amor,
descobriu,
na área de serviço,
em meio a um monte de entulhos,
o ursinho de pelúcia
que ele lhe dera quando namoravam.

Num impulso,
guardou o bichinho na mochila.

Pegar o presente de volta
não era sintoma de que
desejasse o passado
de volta,
visto ser essa uma ideia sem futuro.

Salvar do abandono
o ursinho de pelúcia
era salvar um sentimento sem nome:
nostalgia,
esperança
e pena?

Ou ao querer ficar com
o bichinho,
tinha ele, talvez,
a mesma motivação
do especialista
ao eleger as peças
que merecem
morar no museu?

Um comentário:

  1. Será que salvando esse ursinho e guardando na memoria um dos melhores momentos daquele grande amor é uma forma de perpetuar esse amor que um dia foi dito que seria pra sempre? Será que não é perpetuar um sentimento que já se findou? É, de fato, amar não é fácil!

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Quem sou eu

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Na rádio, sou o narrador de futebol, Carlos Augusto. Na TV, sou o repórter e apresentador Carlos Albuquerque. Aqui, neste blog, pretendo resolver essa "crise de identidade" e juntar os dois "Carlos"! Mas, no fundo, sou aprendiz, eternamente aprendiz! Sou filho da terra, de todas as terras que formam o planeta, de todas as substâncias que formam o universo. Sou irmão de todos os seres. Sou o pai da Luíza.